Ruth Guimarães
Se me perguntarem o que é preconceito, eu direi que ele é feito de medo, mas também de muito ódio, que é a exacerbação dos sentimentos de raiva, de rancor, de hostilidade, das frustrações, da vergonha e do remorso.
O odiento abdica da sua qualidade de homem de bem, e da sublime condição de filho de Deus. Ele não acredita em Jesus, que veio para nos salvar.
Amor e ódio fazem parte da nossa alma. Não há nenhuma criatura neste mundo que não conte com a perfeição que é o bem e a imperfeição que é o mal, escondidos no seu coração. A sabedoria consiste em adequar os dois sentimentos, em amar o Bem e odiar o Mal.
Amor e ódio. Um construtivo, outro destrutivo.
O sentimento de Amor é belo e é a mais alta das formas de conhecimento. O Amor conhece, adivinha. Observe-se, por exemplo, como as mães procedem, como conhecem os filhos, como adivinham.
Entretanto, nos dias que correm, o Ódio ocupa espaço muito maior e os seus terríveis efeitos vemos todos os dias no noticiário. No noticiário de cada dia nos familiarizamos com a violência, e pior que isto, com a injustiça.
Como pensadora que procuro ser, faço o possível para meditar com imparcialidade as terríveis eventualidades de agora. Faço perguntas a mim mesma, buscando as raízes do enigma homem-universo, e encontro apenas uma angustiante resposta: a injustiça em nossos dias predomina de forma imperiosa. Ela será o grande vilão responsável pela transformação do homem em um bruto, em uma fera. E uma das formas, talvez a mais difundida, da injustiça é o preconceito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário