Marta querida. É você, eu sei, eu sinto, eu vejo.
Só você poderia cantar assim aqueles jeitos, aqueles cheiros, aqueles toques de madrugada.
Só você poderia misturar pó com lágrimas e sair voando pelas estradas nas asas dos ventos, de mistura com todas as águas.
Marta querida. Quem como você para entender os “suspiros de chamas da espessa mata”. Mas, porque não conseguiu querida, ser um sonho, uma prece na linguagem angelical do seu poema para o bem amado?
Marta querida. É você mesma que continua entre nós, na dourada mensagem da verdadeira poesia.
É você de “olhos puxados”, olhos envelhecidos não se sabe onde e que, num rostinho de criança surpreendeu e espantou.
Marta querida. Estou chorando... Chorando lágrimas copiosas de saudade.
Sou eu quem lhe escrevo, sou eu para afirmar com infinita certeza, que a minha Marta não se juntou à negra podridão da terra.
Ela canta num murmúrio da fonte. Acena com a roupagem do vento e fala com as coisas verdadeiras, que não passarão jamais...
Marta querida. Sou eu...
Quero beijar suas “faces escurinhas” e, enleada na doçura dos seus versos, enviar-lhe o meu abraço de saudade.
Tia Clarinha
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