sexta-feira, 26 de abril de 2013

Carta a Elza Guerra

Cachoeira Paulista, 21 de julho de 2011 

Elza minha querida 

Há que séculos estou para escrever para você, primeiro porque tenho muita saudade e também porque é um modo de lembrar e relembrar da Rovana e de me consagrar por alguns momentos à sua lembrança. Você me perdoa todos esses anos de silêncio? 

Seu retrato está dentro da minha agenda e penso e relembro de nossos velhos tempos, isto é, os tempos de mocidade. Quem diria que ficaríamos tão longe no tempo, no espaço e na saudade? 

Sabe que estou trabalhando um bocado? Sou secretária da cultura do município, ainda vou todas as semanas à Academia. Faço projetos e pesquisas. E leio à beça. 

Como é que vão os seus trabalhos de teatro. Eu andei estudando dramaturgia tenho até uma peça que deu certo. Foi musicada pelo Renato Teixeira e comprada pelo Banco do Brasil. 

Ando lenta e como você vê, escrevendo em garranchos. E agora devo abraçar você pelo seu aniversário, neste mês. 

Fala-me da Lúcia e da Ivone. E das meninas que você adotou. E da sua terra querida. E dos seus dias cheios de lembrança. E de seus pensamentos de cada dia. 

Eu te quero um bem enorme. 

Ruth

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