Qualquer vida dá uma água funda, qualquer um de nós escreve um diário e conta aquelas coisas de todos os dias e vai sair uma água funda.
Porque a verdade do livro, alegria, o que o livro tem de bom, de literário, é que ele é um livro de todos os dias, que acontece na vida de cada um.
A gente procura o que tem na Água Funda; nada, nem água. Claro, eu aprendi português em primeiro lugar, que é uma coisa que eu receito para os neo-escritores: que façam o favor de aprender português em primeiro lugar para depois escrever sua água funda.
Estou sempre brigando por isso, aliás, eu sou professora, sou pela competência; se alguém vai escrever um livro, que leia os bons autores, que estude os bons autores, que assista aos bons filmes, que converse com gente que sabe falar, que viva a sua vida bastante e bem.
Viva a vida completamente. Emocionalmente a pessoa tem que estar apta.
Depoimento concedido ao seminário "Encontro de Gerações", promovido pelo Museu Afro Brasil, em 2007.
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