Ruth Guimarães
Estas palavras, não as dirijo somente aos integrantes presentes das Sete Artes aqui entre nós, mas a todo povo da minha terra, árvore milagrosa que frutificou em espiritualidade.
A própria conformação cachoeirense, com a igreja no alto, refletindo-se no grande rio Paraíba, que corre na várzea como se se visse num espelho e proporcionando a imagem de uma catedral submersa nos dá o nosso destino. A que vem as atividades mais recentes no terreno das artes e da literatura? Que faremos das nossas mais recentes intenções de conhecimento? A ideia de criar uma prática constante, crescente e atuante que proporcione aos valores surgidos no nosso povo, destacando-os e dando-lhes elementos para trabalharem seguidamente em prol de um meio social melhor e que eleve as almas até o céu – e que a arte tenha as armas eficientes, para que vivamos intensamente e possamos provar que nem só de pão vive o homem, mas também da graça de Deus sendo a arte uma de suas ramificações.
Cidade pobre como a nossa, sem grandes possibilidades, produz entretanto valores artísticos a se emparelharem com os melhores da pátria e possivelmente com os melhores do mundo.
O amor e a poesia são as duas mais valiosas formas de conhecimento que existem. E nós temos os nossos poetas para nos elucidarem a respeito de nossos sentimentos, pois são a forma mais perfeita de conhecimento. A arte possibilita o crescimento integral.
A que viemos, os acadêmicos de Cachoeira Paulista?
A tornar a vida mais bela, cheia de conhecimento que não encontraríamos de outra maneira, de uma solidariedade impossível de conseguir de outra fonte, mas que se completam na convivência e na alegria de viver em plenitude.
Cachoeira Paulista, cidade pobre, como és rica dos teus talentos!
Cidade pequenina, como és grande!
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